Na noite desta sexta-feira (16), o New York Knicks fez história ao esmagar o Boston Celtics por 119 a 81 no Jogo 6, garantindo vaga nas Finais da Conferência Leste da NBA pela primeira vez desde o ano 2000. A vitória incontestável no Madison Square Garden foi também a maior margem de pontos em um jogo de playoff da história da franquia nova-iorquina.

Com o resultado, os Knicks fecharam a série em 4 a 2 e agora enfrentam o Indiana Pacers na final da conferência, reeditando o clássico dos anos 2000. O Jogo 1 acontece na quarta-feira, às 21h (horário de Brasília).
Confira os principais destaques da classificação histórica dos Knicks:
O plano deu certo: os reforços brilharam
Desde o início da temporada, o New York Knicks montou seu elenco pensando em competir de igual para igual com times como o Celtics. Foram cinco escolhas de primeira rodada para contratar Mikal Bridges, além de adicionar nomes como Josh Hart e OG Anunoby, todos com foco em conter as estrelas de Boston. E ainda trouxeram Karl-Anthony Towns, substituindo o lesionado Mitchell Robinson e dando ao time o espaçamento que Boston usou tão bem no título de 2024.
No Jogo 6, os planos se pagaram: Bridges e Towns marcaram 25 dos 33 primeiros pontos da equipe. Towns dominou fisicamente, mesmo sem estar calibrado da linha de 3, e Bridges brilhou nos dois lados da quadra – especialmente nas partidas 1, 2 e 4. Se não fosse pelos dois, é bem provável que os Knicks tivessem caído antes.
Leon Rose, presidente da franquia, pode bater no peito: os movimentos ousados deram resultado.
A rotação finalmente apareceu em Nova York
Durante toda a temporada, os Knicks foram conhecidos por abusar dos titulares. O quinteto com Towns, Hart, Anunoby, Bridges e Jalen Brunson jogou 940 minutos junto – mais que o dobro da maioria das formações da liga. Mas, ironicamente, o banco é quem decidiu essa série.
Dois nomes foram cruciais:
- Mitchell Robinson, recuperado da lesão no tornozelo, voltou a proteger o aro como nos bons tempos, permitindo variações entre formações altas e baixas.
- E Deuce McBride manteve a mão quente e foi o “micro-ondas” que reacendeu o ataque nos momentos de dificuldade.
Se essa dupla repetir as atuações contra os Pacers, os Knicks têm tudo para brigar de igual para igual por uma vaga nas Finais da NBA 2025.
O fim de uma era em Boston?
Para o Celtics, o Jogo 6 foi um desastre completo. Depois de mostrar certa competitividade sem Jayson Tatum no Jogo 5, a equipe foi completamente dominada em Nova York. Jaylen Brown foi o único a produzir ofensivamente enquanto o jogo ainda estava disputado.
A ausência de Tatum, que deve perder toda a próxima temporada por conta de uma ruptura no tendão de Aquiles, escancarou os problemas da equipe: sem ele, o Celtics não consegue competir com times de elite.
E o futuro é incerto:
- O time está com uma folha salarial projetada de US$ 493 milhões, mesmo antes de preencher o elenco.
- Nomes como Jrue Holiday e Kristaps Porziņģis podem ser negociados.
- A reformulação é quase inevitável.
Com a eliminação precoce, é possível que essa tenha sido a última dança desse núcleo do Boston Celtics.
Knicks x Pacers: rivalidade renovada
Na última vez em que os Knicks estiveram nas Finais do Leste, em 2000, o adversário também foi o Indiana Pacers. Agora, 25 anos depois, o reencontro acontece com ingredientes ainda mais explosivos:
- Os Pacers eliminaram os Knicks nos playoffs de 2024;
- Os Knicks estão mais saudáveis e com mando de quadra;
- O momento é todo de Nova York, embalado pela torcida e com uma rotação finalmente confiável.
O Madison Square Garden vai pegar fogo, e o sonho de título, que parecia tão distante, agora está mais vivo do que nunca.