New York cogita negociar Bridges e Mitchell Robinson após temporada sólida; movimentação estratégica pode evitar prejuízo maior no futuro
Quando o New York Knicks enviou cinco escolhas de primeira rodada (e uma troca futura) ao Brooklyn Nets para adquirir Mikal Bridges, muita gente ficou de queixo caído. Não era para menos: pagar um preço de superestrela por um jogador que nunca foi All-Star parecia um exagero.
Mas o contexto ajudava a entender: Bridges seria o complemento ideal para Jalen Brunson e, futuramente, Karl-Anthony Towns. A franquia chegou às finais de conferência pela primeira vez em 25 anos, e o ala teve papel importante nisso. Ainda assim, o valor pago foi alto — até para um jogador nível All-NBA.
Agora, segundo Frank Isola, repórter veterano de Nova York, o nome de Bridges já aparece em conversas de troca. Um dos motivos seria o fato de ele estar elegível para uma extensão de US$ 156 milhões por 4 anos, algo que os Knicks não estão dispostos a oferecer.
Knicks podem corrigir um possível erro sem se prender ao passado
A verdade é que reconhecer um erro cedo pode ser um sinal de inteligência, não de fraqueza. Os Knicks parecem estar pensando assim. Em vez de cair na armadilha do “já investimos muito, agora vamos até o fim”, a franquia analisa friamente a possibilidade de trocar Bridges antes de ter que pagar um contrato que pode envelhecer mal.
Segundo Steve Popper, do Newsday Sports, os Knicks têm um padrão: se não querem renovar, eles trocam antes do jogador chegar à free agency. Foi assim com Immanuel Quickley, Julius Randle e Obi Toppin. E pode muito bem ser o caso de Bridges agora.
Mitchell Robinson e um possível alvo: Jaren Jackson Jr.
Isola também revelou que Mitchell Robinson está sendo cogitado em negociações, e o nome que surge como alvo ideal seria Jaren Jackson Jr., do Memphis Grizzlies. Jackson está em um contrato antigo de US$ 105 milhões e só pode receber um aumento de 140% sobre o valor da próxima temporada.
Por isso, os Grizzlies devem renegociar o último ano de contrato para tentar chegar perto de um salário de estrela — o que pode abrir uma janela para um pacote envolvendo Bridges e Robinson em troca de Jackson.
Mesmo que esse cenário pareça improvável, ele mostra que os Knicks estão pensando estrategicamente: avaliar valores futuros, evitar contratos pesados e preservar a flexibilidade financeira.
Mikal Bridges teve temporada inconsistente — mas com bons momentos
Apesar de ser uma peça importante nos playoffs, Bridges teve altos e baixos na temporada. Foi eficiente no ataque, com 37% de aproveitamento nas bolas de três (fora do garbage time) e dominou o mid-range. Mas sua defesa, que era seu principal trunfo nos tempos de Suns, caiu bastante.
O jogador ainda tem muito valor de mercado, mas pagar o máximo salarial por ele agora pode ser um risco alto — especialmente quando o time já tem compromissos financeiros com Brunson, Towns e OG Anunoby.
Knicks mostram maturidade ao considerar negociação de Bridges
A postura dos Knicks é rara na NBA: assumir que talvez tenham investido demais e considerar sair do negócio antes que piore. Muitas franquias insistem em erros passados por orgulho — seja em escolhas de draft, contratações ou trocas.
Mesmo que New York receba menos do que pagou por Bridges, isso não significa um fracasso total. Significa ter a chance de recuperar parte do investimento antes que ele se desvalorize ainda mais.
Conclusão:
O New York Knicks considera trocar Mikal Bridges, mesmo após uma temporada de sucesso e após pagar alto para adquiri-lo. Segundo Brad Botkin, da CBS Sports, isso demonstra maturidade da franquia, que não quer repetir erros do passado oferecendo contratos milionários a jogadores que talvez não façam parte do futuro da equipe. Mitchell Robinson também pode ser envolvido em possíveis negociações. É a prova de que os Knicks estão pensando no longo prazo — e prontos para manter o elenco competitivo sem comprometer o futuro.
