Oklahoma City forçou 25 turnovers, dominou o garrafão, mas vacilou nos momentos decisivos. Agora, o Thunder precisa ajustar sua estratégia se quiser empatar a série contra o Indiana Pacers nas Finais da NBA 2025.
A estreia do Oklahoma City Thunder nas Finais da NBA 2025 terminou com gosto amargo. Após controlar boa parte do jogo, o time acabou derrotado pelo Indiana Pacers por 111 a 110, em uma partida decidida nos mínimos detalhes. Agora, o Thunder precisa se ajustar rápido para não ficar em desvantagem de 2–0 na série.
Mesmo com uma atuação estatisticamente forte de Shai Gilgeous-Alexander (38 pontos, 5 rebotes, 5 assistências e 3 roubos de bola), o armador não conseguiu decidir no fim, sendo parado por Andrew Nembhard — seu ex-companheiro na seleção canadense. A última posse de bola terminou em um arremesso contestado de média distância que não caiu.
Turnovers não convertidos: a grande falha do Thunder
O Oklahoma City forçou 25 turnovers do Indiana, um número altíssimo para um jogo de Finais. Só que o time converteu apenas 11 pontos a partir desses erros — um desperdício que custou caro. No primeiro tempo foram 19 turnovers forçados e só 9 pontos aproveitados. A vantagem no intervalo era de 12, mas poderia facilmente ter sido de 25 ou 30.
“Não soubemos aproveitar as situações vantajosas que criamos,” admitiu o técnico Mark Daigneault. “Forçamos erros, mas não punimos o suficiente.”
Segundo o site NBA.com, apenas nove equipes na história venceram um jogo de playoffs cometendo 25 turnovers. Indiana virou essa estatística a seu favor com inteligência e eficiência.
Domínio no garrafão sem eficiência
Outro ponto crítico: o Thunder dominou a pontuação no garrafão (46–34), mas teve um aproveitamento muito ruim em arremessos próximos da cesta. Dentro de 1,5 metro (cinco pés), o time teve 47,6% de acerto; de 1,5 a 2,7 metros (cinco a nove pés), o número caiu para 27,3%.
“Faltou precisão nas finalizações e, em algumas jogadas, fomos muito precipitados”, comentou Daigneault. “Precisamos aprender com isso.”
O ajuste que não funcionou
Na tentativa de conter o jogo rápido do Pacers, o Thunder fez uma mudança no quinteto inicial: Cason Wallace entrou no lugar de Isaiah Hartenstein. Não deu certo. O Pacers explorou mismatches e dominou com Pascal Siakam no garrafão e aproveitamento absurdo nas bolas de três: foram 12 a mais do que OKC, com 10 de 16 nos arremessos de três nos cantos da quadra, incluindo 8 de 10 do lado esquerdo.
“Eles aproveitaram nossas falhas defensivas nas transições e nas rotações mal feitas”, reconheceu Alex Caruso. “Mas temos que dar crédito: eles acertaram arremessos grandes.”
Shai foi agressivo, mas nem sempre eficiente
Gilgeous-Alexander começou o jogo com tudo, com 12 arremessos só no primeiro quarto — a maioria de média distância. No último período, mesmo com 10 pontos, teve -9 de plus-minus, o pior entre os titulares. Foram 30 arremessos no total, igualando seu recorde nos playoffs.
“A gente perdeu o Jogo 1. Mas já passamos por isso antes,” disse o próprio SGA, lembrando da série contra o Denver Nuggets. “Naquele caso, voltamos mais fortes. Esse é o objetivo.”
De fato, o Thunder perdeu o primeiro jogo contra o Denver nas semifinais, em uma situação bem parecida. E respondeu com uma vitória por 43 pontos no Jogo 2. O clima dentro do vestiário é de calma e aprendizado.
“A gente controlou o jogo quase inteiro,” lamentou Hartenstein. “É duro perder assim.”
O que o Thunder precisa mudar para empatar a série?
Se quiser vencer o Jogo 2 e seguir vivo nas Finais da NBA 2025, o Oklahoma City Thunder precisa:
- Converter melhor os turnovers forçados em pontos
- Aproveitar mais as chances no garrafão
- Corrigir erros defensivos nas bolas de três, especialmente nos cantos
- Controlar melhor o ritmo ofensivo nos momentos finais
- Ajustar o quinteto titular com base nos matchups
O Thunder já mostrou maturidade e força para se recuperar. Agora, precisa mostrar isso de novo contra um Pacers empolgado, que já passou por Bucks, Cavaliers e Knicks.