Mike Brown pode revolucionar o Knicks e apagar a era Thibodeau

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Técnico está perto de ser anunciado como novo comandante do New York Knicks e promete transformar o estilo de jogo da equipe

Depois de levar o Sacramento Kings de um ataque medíocre a líder da NBA em eficiência ofensiva e conquistar o prêmio de Técnico do Ano, Mike Brown está a um passo de assumir o comando do New York Knicks. A missão? Apagar a sombra deixada por Tom Thibodeau, que mesmo após levar a franquia às finais de conferência foi demitido de forma polêmica.

O que Mike Brown traz de diferente?

Em 2022, quando chegou ao Sacramento Kings, Brown estabeleceu cinco pilares ofensivos: ritmo de jogo (pace), espaçamento de quadra, decisões rápidas, infiltrações agressivas no garrafão e movimentação lateral da bola. A estratégia deu certo: os Kings venceram 48 jogos e se tornaram o melhor ataque da liga.

Agora, em Nova York, ele tem a oportunidade de aplicar essa mesma filosofia para modernizar o jogo dos Knicks, que frequentemente pareciam travados no ataque, principalmente quando rivais colocavam defensores menores em Karl-Anthony Towns. O ataque girava quase exclusivamente em torno de Jalen Brunson, algo que pode mudar com Brown no comando.

Knicks menos previsível e mais veloz?

Mesmo com um ataque eficiente no começo da temporada 2024-25, os Knicks caíram de rendimento a partir de janeiro — e isso não foi só por conta da lesão no tornozelo de Brunson. O problema era estrutural: pouca movimentação de bola, previsibilidade e dependência excessiva de um único jogador.

Com Brown, a tendência é ver um time com mais movimentação sem a bola, transições rápidas e envolvimento coletivo. A ideia é aliviar Brunson e torná-lo ainda mais letal com jogadas em que ele não precise criar tudo sozinho. Um dado curioso: apenas 46% das bolas de três de Brunson na última temporada vieram com assistência — o menor número da sua carreira, segundo o Cleaning The Glass.

James Borrego pode ser a chave?

Um nome que pode influenciar bastante essa nova era é James Borrego, cotado para ser assistente principal de Brown. Ex-técnico dos Hornets, Borrego é conhecido por implementar ataques criativos, com muito espaçamento, transição e leitura de jogo — algo que os Knicks têm carência.

Imagina um ataque que use cortes rápidos, pick-and-rolls “fantasmas” (os famosos ghost screens) e movimentação inspirada nos Pacers de Tyrese Haliburton? Claro, ninguém espera que Brunson vire Haliburton, mas com ajustes, o Knicks pode se tornar muito mais imprevisível.

Testar mais, ousar mais

Um dos grandes problemas na era Thibodeau era a falta de flexibilidade. Pouco se testavam novas formações ou estilos. Quando Mitchell Robinson voltou de lesão, por exemplo, quase não dividiu quadra com Towns. E por que não experimentar quintetos com OG Anunoby ou até Guerschon Yabusele como pivô?

Brown pode e deve usar a temporada regular para experimentar formações, explorar zonas defensivas e entender ao máximo seu elenco. Não se trata de abandonar a identidade da equipe, mas sim de ampliar as possibilidades — algo fundamental nos playoffs.

A nova identidade dos Knicks

Se Thibodeau trouxe estabilidade, Brown precisa trazer versatilidade. Isso significa adaptar o plano de jogo ao adversário, ao momento da temporada e ao elenco disponível. O torcedor do Knicks quer vencer, sim, mas também quer ver um time com criatividade, ousadia e visão moderna de basquete.

Se Brown conseguir fazer isso, não só fará os fãs superarem Thibs — como poderá levar Nova York a um novo patamar na NBA.

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