Derrota para o Heat escancara crise dos Bulls e mostra que Chicago continua girando em círculos

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Mais uma temporada, mais uma decepção. O Chicago Bulls foi eliminado pelo Miami Heat com uma derrota por 109 a 90, em pleno United Center, e viu sua temporada 2024-25 chegar ao fim de forma melancólica.

E pior: foi a terceira eliminação consecutiva no torneio play-in da NBA, dessa vez sendo atropelado por um inspirado Tyler Herro, que dominou os dois lados da quadra. O que era apenas mais uma derrota virou símbolo de uma franquia parada no tempo, girando em círculos há quase uma década.


Bulls vivem há anos no limbo da NBA

O que mais dói para o torcedor é ver o time preso no purgatório da NBA: não é ruim o bastante para disputar o topo do Draft, nem bom o suficiente para competir de verdade nos playoffs.

E justo no ano em que o prêmio máximo do Draft de 2025 pode ser Cooper Flagg, um talento geracional, os Bulls preferiram brigar por uma vaga no play-in — só para serem humilhados em casa.


Elenco sem uma estrela para chamar de sua

Nenhum jogador que entrou em quadra na quarta-feira parece ser “o cara” para liderar os Bulls no futuro. Josh Giddey e Coby White são bons talentos complementares, ótimos para elencos vencedores — mas estão longe de serem protagonistas.

O novato Matas Buzelis até fechou bem sua temporada, mas também não parece o tipo de jogador que muda uma franquia de patamar.


Bulls abriram mão de Flagg e vão escolher só na 13ª posição

Enquanto Jazz, Wizards e Hornets têm as maiores chances de draftar Flagg, os Bulls decidiram ser “competitivos o suficiente” pra garantir a última vaga do play-in no fraco Leste. Resultado? Eliminação e apenas a 13ª escolha no Draft.

Pior: mesmo trocando DeMar DeRozan, Zach LaVine e Alex Caruso, a franquia conseguiu apenas uma escolha de primeira rodada — a mesma que já havia sido usada na negociação por DeRozan. É o retrato da má gestão.


Karnišovas fala em “paciência”, mas até quando?

Na coletiva pós-temporada, o GM Artūras Karnišovas pediu mais uma vez paciência aos torcedores. Segundo ele, essa foi apenas a primeira temporada de uma nova transição e que o plano é fortalecer o elenco com mais uma escolha de loteria e possíveis peças via free agency.

O problema? A torcida já foi paciente demais. O United Center, maior arena da NBA, continua lotando mesmo com times fracos — mas ontem, os gritos foram de revolta: “sell the team!” ecoou nas arquibancadas enquanto o relógio zerava.


Última vitória em casa nos playoffs foi em… 2015

Sim, já se passaram 10 anos desde a última vitória dos Bulls em casa nos playoffs. Na época, Derrick Rose era o herói local e acertava uma bola de três no estouro do cronômetro para vencer os Cavaliers de LeBron James em 2015.

Desde então? Nada além de mediocridade.


O problema não é dinheiro, é falta de visão

Karnišovas disse que 2026 será o ano da virada, quando os Bulls terão mais flexibilidade financeira. Só que dinheiro sem uma estrela não resolve nada.

Quando tiveram cap, deram um contrato gigante pra LaVine (que virou uma âncora nas trocas) e estenderam Nikola Vucevic, o que até hoje ninguém entende. Sem uma verdadeira estrela jovem para construir em torno, o teto do time segue baixo.


Sem reset completo, o filme vai se repetir

A verdade é que os Bulls não estão prontos pra um rebuild real. E enquanto não aceitarem isso, o ciclo continua: mais uma temporada, mais um play-in, mais uma derrota (provavelmente pro Heat de novo), e mais uma frustração para o torcedor.

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