O New York Knicks virou um jogo insano neste sábado (19) e venceu o Detroit Pistons por 123 a 112 no Jogo 1 dos Playoffs da NBA 2025. E o herói da noite? Jalen Brunson, que colocou a capa de super-herói no último quarto e liderou uma corrida de 21-0 que desmontou os jovens Pistons.
Pistons dominam três quartos, mas colapsam no fim
O cenário parecia perfeito para o Detroit Pistons: estavam vencendo por 8 pontos fora de casa, após um terceiro quarto dominante (36 a 26), e empolgavam com a atuação de Malik Beasley, que meteu cinco bolas de três e até arriscou uma dancinha.
“Estávamos encaixados, de verdade”, disse Tobias Harris.
Mas tudo começou a desandar logo no início do último quarto, quando a equipe cometeu duas violações seguidas: uma de cinco segundos no lateral e, na sequência, uma violação dos 24 segundos. Em menos de um minuto, o Knicks cortou a vantagem pra três pontos — e o Madison Square Garden explodiu.
Mesmo com uma ponte aérea insana entre Jalen Duren e Ausar Thompson, e até uma cravada no contra-ataque, o Pistons não segurou a onda.
Brunson coloca a capa e destrói a defesa de Detroit
A partir daí, foi um atropelo. Cameron Payne começou o estrago, Brunson entrou no modo clutch, e a defesa de Detroit entrou em colapso. Cade Cunningham errou passes seguidos, e em menos de cinco minutos o Knicks virou e abriu vantagem.
Com cinco minutos no relógio, Harris tentou infiltrar e errou. Enquanto ele reclamava da falta, Brunson puxou o contra-ataque e achou Josh Hart, que finalizou o lance e fechou a sequência de 21 a 0 para os Knicks.
“Nosso ataque falhou. Foram oito turnovers só no último quarto. Assim fica difícil”, lamentou o técnico J.B. Bickerstaff, após a derrota.
Brunson decisivo e Payne elétrico
Brunson terminou com 34 pontos, sendo 12 só no último período, com 5/7 nos arremessos. No intervalo, ele até trocou de tênis — mas o técnico Tom Thibodeau foi mais direto: “Acho que ele pegou a capa de super-herói”.
Mesmo sendo o protagonista, Brunson dividiu os méritos: “O começo do quarto foi chave. Cam Payne entrou ligado, e aquilo mudou tudo”, elogiou.
Thibodeau também destacou Payne: “Ele sabe exatamente quem é. Sempre entra com energia. Hoje deu o gás que precisávamos.”
Estreia de Cade Cunningham nos playoffs tem altos e baixos
Cunningham fez 21 pontos e 12 assistências, mas cometeu 6 turnovers, três deles no último quarto, e teve aproveitamento ruim nos arremessos (8/21). Ele sentiu a marcação pesada de OG Anunoby e a blitz do Knicks em várias posses.
“Eles mandavam corpos o tempo todo pra cima de mim. Tentei encontrar os espaços, mas não consegui aproveitar como deveria”, disse o armador de 23 anos.
Mesmo assim, ele mostrou maturidade: “Foi divertido. Aprendizado. E estou animado pro Jogo 2.”
Detroit mostrou que pode competir — mas precisa fechar melhor
Apesar do colapso no fim, Bickerstaff acredita que o time fez muita coisa certa e destacou que o jogo foi equilibrado por três quartos. Agora, o desafio é transformar a dor da derrota em lição rápida.
“Esse é o tipo de experiência que só os playoffs proporcionam. É saber fechar jogos duros, onde cada posse importa. Isso não dá pra aprender na teoria”, concluiu o técnico.
Detroit volta à quadra na segunda-feira para o Jogo 2 contra o Knicks, e agora já sabe: um vacilo no 4º quarto pode custar tudo.
