O clima em Los Angeles mudou completamente desde a chegada de Luka Dončić. Depois de assinar uma extensão contratual de 3 anos no valor de US$ 165 milhões, o astro esloveno deixou claro que não está interessado em processos demorados ou reconstruções lentas. Ele quer vencer agora — e deixou isso bem claro para o presidente da franquia, Rob Pelinka, e para o novo técnico, JJ Redick.
“Eu não quero esperar. Já provei o gosto das Finais. Quero voltar. Então vamos fazer o que for preciso agora”, disse Dončić em entrevista à ESPN em maio.
As informações foram publicadas pela repórter Jasmyn Wimbish, do site CBS Sports, nesta quarta-feira (6).
Dončić acelera os planos dos Lakers
Apesar da juventude — Dončić tem apenas 26 anos —, o armador vive um momento de urgência. A experiência nas Finais da NBA com o Dallas Mavericks em 2024 parece ter mudado sua mentalidade: o objetivo é levantar o troféu o quanto antes.
A presença de Luka muda completamente o cenário para os Lakers. Antes, a equipe dependia de um núcleo envelhecido com LeBron James e Anthony Davis. Agora, a franquia ganha uma janela mais longa, mas com pressão imediata. Dončić não quer saber de planejamento a longo prazo se não houver competitividade desde já.
O desafio de Pelinka: montar um elenco de elite com limitações salariais
Mesmo com Dončić renovado, o Lakers ainda enfrenta um grande desafio financeiro. LeBron deve receber quase US$ 60 milhões na próxima temporada, o que limita bastante a flexibilidade para reforçar o elenco.
Ainda assim, a diretoria se moveu nos bastidores:
- Contratou Marcus Smart, ex-Celtics e Grizzlies, para trazer defesa e liderança
- Apostou em Deandre Ayton como parceiro de pick-and-roll para Dončić
- Manteve Austin Reaves, que pode ser tanto um coadjuvante ao lado de Luka quanto uma peça valiosa em trocas por uma estrela
Mas como lembra Jasmyn Wimbish, o Oeste não perdoa. Com potências como Oklahoma City Thunder, Denver Nuggets e Houston Rockets, qualquer vacilo pode custar caro.
Lakers não podem se acomodar
Trazer Dončić foi a parte fácil — e isso mesmo tendo cedido pouco na troca. O desafio agora é dar a ele um elenco capaz de competir em alto nível. Se os Lakers não conseguirem fazer isso, o contrato de três anos pode ser apenas uma ponte curta, e não o início de uma nova era.
O recado está dado. Dončić quer vencer, e agora é a vez de Rob Pelinka provar que pode entregar um time à altura do talento do esloveno.