Rumores de troca crescem, mas o craque grego ainda demonstra lealdade à franquia que mudou sua vida
Após mais uma eliminação precoce dos Bucks nos playoffs, a pergunta que está pegando fogo na NBA é: Giannis Antetokounmpo vai pedir para ser trocado? Embora muita gente acredite que sim, a realidade é mais complicada.
No Jogo 4 contra o Indiana Pacers, com 4:44 no relógio, Giannis saiu de quadra sob aplausos tímidos. Era impossível não pensar: será que foi sua última partida com a camisa dos Bucks no Fiserv Forum?
Apesar de ter feito um triplo-duplo absurdo com 30 pontos, 20 rebotes e 13 assistências na derrota do Jogo 5, sem Damian Lillard ao seu lado, Giannis evitou falar sobre seu futuro:
“Não vou falar sobre isso. Tudo o que eu disser vai repercutir. Só queria ainda estar jogando, ainda competindo e voltando para Milwaukee.”
Bucks acumulam decepções e futuro da franquia parece sombrio
Desde o título em 2021, os Bucks só venceram uma série de playoffs. Agora, com Lillard lesionado e fora por tempo indeterminado (rompimento do tendão de Aquiles), o cenário piora.
Além disso:
- Sem jovens promissores no elenco;
- Sem controle de suas escolhas de Draft até 2031;
- Brook Lopez, Bobby Portis, Gary Trent Jr. e Taurean Prince serão free agents;
- Possibilidade de “reconstrução” praticamente nula.
A única chance de reformular seria trocar Lillard — mas isso não deve acontecer por conta da lesão. O resultado? Um elenco caro, envelhecido e sem perspectiva de título até 2026.
Giannis quer vencer, mas também valoriza a lealdade
Giannis já deixou claro que se cobra por não ter vencido um segundo título. Em abril, no podcast do irmão (Thanalysis Show), ele disse:
“Se eu não conseguir ganhar um segundo anel, vou ter decepcionado a mim mesmo.”
Por isso, não é à toa que muitos acreditam que ele deve pedir para sair. Mas segundo Jamal Collier, da ESPN, fontes próximas garantem que Giannis está feliz em Milwaukee e acredita no entrosamento com Lillard.
Além disso, ele segue com contrato até 2026-27, com opção de jogador para 2027-28. E os Bucks não têm motivo algum para trocá-lo sem um pedido direto — afinal, sem controle de escolhas no Draft, “tankar” não faz sentido.
“Sou leal demais”, diz Giannis sobre seu vínculo com Milwaukee
Durante o All-Star Weekend, ele foi direto ao responder uma pergunta na TV grega:
“Eu nunca pediria troca por mensagem. Não sou esse tipo de cara. Teriam que me chutar pra fora.”
Em outubro de 2023, ao assinar sua extensão de contrato, Giannis se abriu sobre sua relação com Milwaukee:
“Os Bucks mudaram minha vida. Meus filhos nasceram aqui, minha mãe vive bem aqui, meus irmãos estudaram aqui. A cidade me respeita, me dá espaço. Eu não posso virar as costas pra isso.”
“Quero devolver tudo à cidade. Já ganhamos um título, mas acredito que dá pra ganhar outro. Quero fazer parte de outro desfile com 600 mil pessoas nas ruas.”
Ficar ou sair? A decisão não é tão simples para o craque grego
Giannis chegou aos Bucks com 18 anos, sem falar inglês, e cresceu como homem e jogador em Milwaukee. Literalmente aprendeu a dirigir com o ex-GM da franquia.
Agora, aos 30, ele se vê diante da decisão mais difícil da carreira: ficar por gratidão e lealdade, ou buscar novas glórias em outro lugar.
Ele pode até decidir sair — e ninguém o culparia por isso. Mas também não seria nenhuma surpresa se ele escolhesse ficar. Para Giannis, não se trata apenas de anéis… mas de quem esteve ao lado dele desde o começo.
