O que vem aí para o New York Knicks? Time tem uma falha crucial e a offseason será toda sobre corrigir isso

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O New York Knicks teve uma ótima temporada, mas a derrota para o Indiana Pacers no Jogo 6 das semifinais do Leste deixou claro um problema estrutural: o elenco foi construído em uma teoria que não funcionou na prática.

Tudo começou na offseason de 2022, quando os Knicks trouxeram Jalen Brunson — que virou a cara da franquia — e o pouco badalado pivô Isaiah Hartenstein, que acabou sendo peça-chave na engrenagem do time.

O problema? O contrato de dois anos com Hartenstein. Isso impediu que os Knicks tivessem os direitos completos para renová-lo em 2024. O Oklahoma City Thunder apareceu com uma proposta de US$ 30 milhões anuais, e New York não pôde competir.

Sem Hartenstein e com Mitchell Robinson lidando com lesões, o Knicks se viu obrigado a fazer um movimento ousado: trocou Julius Randle, Donte DiVincenzo e uma escolha de primeira rodada por Karl-Anthony Towns.

A ideia era clara: sair de um time físico e defensivo para um ataque poderoso, espaçando a quadra. Na teoria, parecia genial. Na prática, não funcionou tão bem assim.


A grande falha dos Knicks

O maior problema do time ficou escancarado nos playoffs: Brunson e Towns não conseguem coexistir em uma defesa eficiente. Quando ambos estão em quadra, o ataque é bom, mas a defesa afunda.

Veja os números dos Knicks nos playoffs (até o Jogo 5 contra o Pacers):

Lineup Offensive Rating Defensive Rating Net Rating
Brunson + Towns (juntos)115.4117.2-1.8
Brunson ON, Towns OFF121.2116.8+4.4
Brunson OFF, Towns ON11098.9+11.1
Brunson OFF, Towns OFF92.6110.6-18

Resumindo: quando Brunson e Towns estão juntos, o time não defende bem o suficiente. E quando só um deles está em quadra, o time vira ou muito bom no ataque, ou muito bom na defesa — mas nunca consegue equilibrar os dois com ambos jogando juntos.


O que o Knicks pode fazer agora?

O time tem três opções claras para a offseason:

  1. Reforçar a defesa ao redor de Brunson e Towns.
  2. Montar um ataque tão poderoso que consiga vencer, mesmo com uma defesa fraca.
  3. Trocar Karl-Anthony Towns e encerrar essa experiência.

Soluções internas estão na mesa

Uma mudança possível — e até óbvia — seria colocar Deuce McBride como titular no lugar de Josh Hart. McBride oferece mais pressão na bola, melhor espaçamento e um aproveitamento de 39% nas bolas de três nos últimos dois anos, o que destravaria o ataque de pick-and-roll entre Brunson e Towns.

Só que Tom Thibodeau praticamente ignorou essa possibilidade. Ele usou essa formação (McBride no lugar de Hart) por apenas 82 posses na temporada regular, e o time dominou nesses minutos. Mas nos playoffs, preferiu escalar Mitchell Robinson como titular, voltando ao estilo antigo, mais físico e menos espaçado.


Trocar Josh Hart é possível?

Hart é um dos jogadores mais queridos do elenco, mas já vimos times vencedores tomarem decisões difíceis (vide Boston trocando Marcus Smart e sendo campeão logo depois). Se os Knicks quiserem ir fundo nessa reformulação, Hart pode ser moeda de troca.

Alguns cenários cogitados:

  • Hart por Collin Sexton (Jazz), trazendo um criador de jogadas para aliviar Brunson nos minutos em que ele descansa.
  • Tentativa arriscada em Lonzo Ball, que tem histórico de lesões.
  • Até nomes como Russell Westbrook ou Ben Simmons são mencionados como soluções temporárias para a segunda unidade, embora carreguem riscos óbvios.

E se Towns for trocado?

Se os Knicks decidirem se desfazer de Towns, algumas possibilidades ganham força:

  • Kevin Durant: Havia interesse mútuo entre KD e os Knicks na trade deadline. Uma troca envolvendo Towns seria simples financeiramente, mas arriscada no longo prazo. KD terá 37 anos na próxima temporada e seu declínio pode ser rápido.
  • New Orleans Pelicans: Uma proposta com Herb Jones, CJ McCollum e o novato Yves Missi poderia interessar. Os Knicks resolveriam sua defesa no perímetro com Jones e OG Anunoby, além de resolverem o problema de backup para Brunson com McCollum.

O problema? Towns não é um jogador tão fácil de trocar assim. Seu contrato supermax, aliado às limitações defensivas, torna seu mercado bem menor do que o de alas versáteis como Mikal Bridges, que foi adquirido pelos Knicks por cinco escolhas de primeira rodada.


Conclusão

O mais provável é que os Knicks não façam nenhuma grande troca agora. As soluções tendem a ser internas ou ajustes menores, como mudanças no quinteto titular, contratações pontuais no mercado de veteranos ou repensar o papel de Josh Hart.

Mas uma coisa é clara: a temporada 2025 dos Knicks vai depender totalmente de encontrarem uma forma de fazer o encaixe Brunson + Towns funcionar, seja pela defesa, seja pelo ataque.

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